Inaugurada em maio de 2000, a Estação das Docas completa 21 anos de funcionamento nesta quinta-feira (13), e segue se firmando como um dos cartões postais que mais reflete a região amazônica. Tal característica garante ao equipamento o título de referência nacional em se tratando de complexo turístico. No local, o visitante encontra um espaço que oferece uma experiência completa com os principais componentes da cultura e gastronomia da Amazônia.
O complexo proporciona ao turista vivenciar as belezas naturais da Amazônia, com conforto e segurança, sendo o pôr do sol uma das atrações favoritas dos frequentadores. Nos 500 metros de orla, do antigo porto de Belém, que completam a programação com um belíssimo passeio e vista para a Baía do Guajará, é possível encontrar três armazéns, distribuídos em 32 mil metros quadrados e um terminal para embarque e desembarque de passageiros; tendo ainda o Anfiteatro São Pedro Nolasco.
O armazém 1 foi batizado como Boulevard das Artes – por abrigar o ‘Memorial do Porto’, uma exposição permanente de artefatos encontrados durante a construção do complexo. O mesmo armazém possui lojas com produtos como biojoias, roupas e artesanato regional. Além de uma cervejaria, e quiosques de tradicionais lanchonetes e sorveterias de Belém.
“É um momento de muita felicidade, no qual nosso estabelecimento faz aniversário junto com a Estação das Docas. Nesses 21 anos nós crescemos bastante e creditamos muito deste crescimento ao local que escolhemos para atuar, esse complexo de localização tão privilegiada, com uma vista belíssima da Baía do Guajará, um lugar que encanta os turistas. Tudo isso favorece muito a nossa atividade, então parabenizamos a administração e todos os envolvidos no funcionamento e manutenção desse complexo turístico tão amado por seus visitantes”, declara Arlindo Guimarães, sócio da cervejaria Amazon Beer.
O armazém 2 é nomeado Boulevard da Gastronomia e comporta um mix de restaurantes, lanchonetes e sorveterias, com cardápios que vão de pratos típicos e tradicionais à culinária internacional. Já o armazém 3 é o Boulevard de Feiras e Exposições, que tem como anexo o Teatro Maria Sylvia Nunes, o local é destinado a Feiras, exposições, congressos, encontros, eventos sociais e variados.
Cultura
Como complexo turístico, gastronômico e cultural, a Estação respira cultura. Apresentações diárias, semanais e mensais, das diversas manifestações artísticas regionais como música, teatro e dança são ofertadas gratuitamente aos visitantes por meio de projetos culturais diversos, fixos e por temporadas, como o cantando na Orla, Rock na Orla, Estação Junina, Estação Natal, Réveillon das Docas, programações especiais em datas comemorativas e outros. Dentre os mais queridos pelo público está o Pôr do som, no qual grupos folclóricos realizam uma amostra dos ritmos amazônicos em uma combinação de música teatro e dança, que garante ao público um verdadeiro espetáculo cultural. Um verdadeiro palco para valorizar e impulsionar os artistas da terra.
No entanto, em virtude da pandemia da Covid-19, o único projeto cultural em execução é o Projeto Música no Ar, que ocorre no Armazém 2, com apresentação de músicos paraenses, diretamente do Palco Deslizante. O curioso do projeto é o palco móvel onde ocorrem as apresentações, que ficam suspensos dentro dos galpões. Os artefatos originalmente funcionavam como transportadores de carga. O atual sistema é a revitalização de uma estrutura metálica centenária.
Eventos
Requisitada para a realização de eventos, a Estação das Docas dispõe do Boulevard de Feiras e Exposições, espaço ideal para grandes eventos sociais, feiras e exposições. Para atender congressos, espetáculos teatrais e shows há o Teatro Maria Sylvia Nunes, com capacidade de 426 lugares. Para eventos menores, o complexo possui a Estação Business, sala com capacidade para 50 pessoas, ideal para palestras, cursos e reuniões.
Curiosidades históricas
A Estação das Docas é resultado de um cuidadoso trabalho de restauração do porto da capital paraense. Os três armazéns de ferro trazidos da Inglaterra são uma mostra da arquitetura que predominava no Brasil, na segunda metade do século XIX. Para defender a orla belenense, foi construído o Forte São Pedro Nolasco. Destruído, em 1825, após a Cabanagem, as suas ruínas foram revitalizadas e deram lugar ao Anfiteatro. Dos Estados Unidos, datados do século XX, vieram os guindastes externos, que são a marca registrada do complexo turístico. A máquina a vapor – peça de museu em exposição – fornecia energia para os equipamentos do porto, em meados de 1800.
Pandemia – Em 21 anos de história, a Estação das Docas funcionou 364 dias por ano, com exceção do primeiro dia do ano. Neste cenário pandêmico o local precisou fechar as portas por várias semanas, período em que também houve serviços de revitalização dos guindastes, guarda-corpo da orla e outras obras de manutenção, tudo para que os visitantes pudessem admirar a beleza da baía do Guajará em segurança.
A Organização Social Pará 2000, responsável pela administração, tem se esforçado para manter a Estação das Docas em pleno funcionamento, assim como outros equipamentos turísticos que administra: Parque Zoobotânico Mangal das Garças e Parque Estadual do Utinga Camillo Vianna, para que os visitantes possam continuar usufruindo desses locais da melhor forma possível, ainda que seja necessário seguir protocolos de segurança sanitária.
“É uma honra presidir a Organização Social Pará 2000 e realizar a gestão de espaços tão importantes como a Estação das Docas. Foram muitos desafios nesse contexto de pandemia, mas chegamos aos 21 anos em pleno funcionamento, conseguindo nos adequar às normas de segurança sanitária e garantindo ao público este espaço de lazer e contemplação em tempos tão difíceis”, declara Antonio C. Sobrinho, presidente da OS Pará 2000.
Tão logo a situação da pandemia melhore, a OS pretende realizar uma programação em comemoração ao aniversário do complexo do jeito que o público gosta: com muita música paraense e expectativas positivas de retorno dos projetos culturais fixos. Atualmente o espaço está aberto todos os dias com redução de 50% da capacidade. Para entrada e permanência no local é obrigatório o uso de máscara e obediência ao protocolo de segurança contra a covid-19.
Serviço:
Estação das Docas
Funcionamento pós decreto: Aberto todos os dias com redução de 50% da capacidade
10h às 22h – Mix de lojas
10h à 00h – orla, restaurantes, lanchonetes e sorveterias
Endereço: Av. Boulevard Castilho França, S/N – Campina, Belém – PA